Paris, hoje.
Após o choque e a apreensão, decidi continuar minha rotina.
Fechei todas as minhas abas do navegador. Parei de ler todos os depoimentos dos sobreviventes, parei de ver as fotos dos desaparecidos, parei de ler as notícias do andamento da enquete, parei também de acompanhar a disputa no facebook “na votação de qual é a maior tragédia”.
Percebi que tudo estava voltando ao normal. Apesar dos franceses terem dado uma aula de solidariedade ao mundo, percebi também que eles fizeram jus a frase que estampou muitos jornais e capas de facebook em janeiro “Je n’ai pas peur” (Eu não tenho medo).
Prestaram homenagem nos locais dos ataques, levaram seus animais de estimação para passear, os pais levaram os filhos para aproveitar o lindo dia de sol, os idosos puderam continuar a caminhada rotineira, os turistas voltaram a circular normalmente e a cidade começou a se erguer novamente.
E o dia, terminou assim… com esse pôr de sol de presente, como se fosse um sinal de esperança e força para esse povo tão solidário e forte que eu admiro tanto, que tenho orgulho de fazer parte.